Metodologias de Ensino

Metodologia STEAM: a aprendizagem integrada em sala de aula

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Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. Juntas e em inglês, essas cinco disciplinas formam o um acrônimo que dá nome à abordagem pedagógica STEAM. A metodologia parte da ideia de que uma aprendizagem integrada é mais atrativa e eficiente do que aquela em que cada componente curricular é ensinado isoladamente.

O movimento surgiu nos Estados Unidos, que de 1990 e 2000 começou a constatar possível carência de profissionais qualificados em algumas carreiras –que, no Brasil, são atribuídas à área de exatas. O desinteresse, diga-se, também acontecia por aqui. Para evitar uma escassez de mão de obra qualificada, foi iniciado um movimento para tornar essas disciplinas mais atrativas. O movimento ficou conhecido como STEM, sem a letra A.

Leia mais: Competências STEM: a nova fronteira do ensino e da aprendizagem

Esse movimento colocou em debate o modelo tradicional de ensino, considerado desestimulante e longe da realidade dos alunos. Para mudar esse cenário, optou-se em larga escala pela metodologia conhecida como aprendizagem baseada em projetos. Nela, os estudantes são provocados a resolver problemas e desafios. (Foi só mais tarde, para integrar as Artes nas propostas de interdisciplinaridade, que surgiu o termo STEAM.)

A abordagem STEAM é pautada pela realização de projetos, e tem como metodologia justamente a aprendizagem baseada em projetos. Crédito: Unsplash.

A abordagem STEAM é pautada pela realização de projetos e tem como metodologia justamente a aprendizagem baseada em projetos. Crédito: Unsplash.

Na última década, muitas tecnologias, metodologias e estratégias de aprendizagem surgiram na área da educação. Na maioria das vezes, a intenção é fornecer uma solução que aumente a aprendizagem e resolva o baixo engajamento e protagonismo dos estudantes. Mas também é uma forma de lidar com um sistema educacional pouco aberto às mudanças.

Muitos educadores compreendem a importância de melhorar o ensino e a aprendizagem nas áreas atendidas pela STEAM – até por conta dos resultados dos estudantes em provas como o PISA, o Programa Internacional de Avaliação de Alunos.

Países que implementaram o STEAM como um programa de governo conseguiriam melhores resultados na avaliação. Por outro lado, no Brasil, apenas 31,9% dos estudantes apresentaram conhecimento satisfatório em Matemática e 45% em Ciências.

Para romper esse paradigma, o livro STEAM em Sala de Aula – A Aprendizagem em Projetos Integrados Conhecimentos na Educação Básica joga luz nos desafios da aprendizagem e defende que a implementação da abordagem em sala de aula pode ser “um caminho interessante e importante para o desenvolvimento da criatividade, da resolução de problemas e do pensamento científico e crítico”.

A obra, publicada pela Editora Penso, integra a série de livros Desafios da Educação.

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STEAM em sala de aula

O STEAM defendido no livro é aquele pautado pela realização de projetos, e tem como metodologia justamente a aprendizagem baseada em projetos. Segundo os autores, a abordagem promove nos estudantes um censo de relevância dos conhecimentos científicos desenvolvidos na educação básica.

A adoção do STEAM nas escolas prevê a interdisciplinaridade de áreas do conhecimento para despertar habilidades e atitudes necessárias à vida contemporânea, como o pensamento computacional e o espírito “faça você mesmo” da cultura maker.

Uma abordagem pedagógica pautada pelo STEAM tem um potencial transformador na Educação e nas salas de aula, uma vez que ela tem potencial para aumentar o protagonismo do aluno, incentivar a inovação e a colaboração, fortalecendo o processo de ensino-aprendizagem.

Leia mais: Aula baseada em projetos gera valor à aprendizagem

STEAM e BNCC

“Por que preciso aprender isso?”. Essa é uma das perguntas que os alunos mais fazem – e pode ser também a mais difícil de responder. Entretanto, a abordagem STEAM pode ajudar os professores. Desde as etapas iniciais da educação infantil ao ensino médio, o STEAM gera um alto senso de propósito.

Ao estabelecer como diferencial uma experiência de aprendizagem cada vez mais interdisciplinar, em que o foco é levar o aluno a exercitar habilidades diversas, o STEAM conversa diretamente com as propostas indicadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

O alinhamento entre BNCC e STEAM também ocorre na ênfase no protagonismo do aluno e na opção pela investigação. Não é tão simples de ser colocada em prática e, por isso, os exemplos reais ainda são poucos nas escolas brasileiras.

Título: STEAM em Sala de Aula – A Aprendizagem em Projetos Integrados Conhecimentos na Educação Básica

Autores: Lilian Bacich e Leandro Holanda

Editora: Penso

Ano: 2020

Nº de páginas: 244

Preço médio: R$ 45,50

Leia mais: Com projetos integradores, centros universitários organizam novas formas de ensinar

Redação
A redação do portal Desafios da Educação é formada por jornalistas, educadores e especialistas em ensino básico e superior.

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