Com metodologias de aprendizagem ativa, Ricardo Fragelli, professor-adjunto da UnB Gama, leva os estudantes ao quadro para resolverem problemas da disciplina de Cálculo, inventou uma aula onde só entra quem estiver de chapéu e criou uma espécie de competição na qual os alunos com melhores notas são responsáveis pela aprovação dos colegas. Em comum, o objetivo: fazer o aluno da última fileira ter a mesma experiência de ensino que o estudante da primeira, em uma cadeira da faculdade de Engenharia com os maiores índices de reprovação.
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O ensino focado no aluno considera cada estudante individualmente, e não a sala de aula como um todo. Assim, torna-se uma relação de ganha-ganha: o melhor aluno da sala ajuda o colega sem média para ser aprovado e, em troca, socializa com toda a turma.
– É comum que alunos da Engenharia, em especial os mais inteligentes, tenham dificuldades em se relacionar com os colegas. Para esses, a integração é o maior benefício – comentou o professor em palestra no Fórum de Lideranças: Desafios da Educação, que ocorreu em maio. – O objetivo é despertar o olhar para o colega ao lado – complementou.
Os programas nada convencionais mostraram resultados. A disciplina de Cálculo 1 tinha 50% de índice de aprovação. Hoje, é de 95% na UnB.
– Eu acreditava que nosso objetivo enquanto professores era o de transformar os alunos em águias, explorando ao máximo seu potencial para alçar voos cada vez mais altos. Ainda acho que temos que desenvolvê-los dessa forma, mas estimulando-os a se tornarem rouxinóis, que impactam o entorno com seu canto. Meu objetivo hoje é desenvolvê-los para que dominem a ciência com paixão e solidariedade – finalizou.
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