O mercado de trabalho nunca foi, num mesmo tempo, tão diversificado e tão competitivo. Cada vez mais regulado pela qualificação permanente, esse novo cenário coloca em evidência novos perfis profissionais. O melhor desempenho, a maior quantidade e a capacidade de inovação são parâmetros onde os profissionais precisam se destacar – sob pena de ficarem para trás na corrida pelas melhores oportunidades. Neste cenário, a educação – dentro ou fora da sala de aula – se tornou requisito básico.
Contudo, educar-se ao longo da vida vai além da atualização. A educação, agora, está atrelada ao investimento pessoal, à criatividade renovada, à flexibilidade. Os locais de trabalho também se tornaram adeptos de transformações constantes, voltando-se, em primeiro lugar, à inovação, e, depois, à produção. Não se pode mais ficar parado. É necessário inovar e se recriar o tempo todo.
Com o acirramento da competição profissional, ganhamos mais um motivo para investir em educação continuada. O que chama a atenção, hoje, é a proximidade entre as características da economia cognitivo-cultural e os preceitos da educação continuada. Ao mesmo tempo em que a primeira exige flexibilidade e criatividade, a segunda propõe preparar o profissional para ser flexível e criativo.
A economia cognitivo-cultural aborda a gestão como gerenciadora da instabilidade. A educação continuada, além de ofertar cursos para ensinar a ser gestor, vai até a empresa para capacitar aqueles que já o são e precisam se atualizar, adaptando-se permanente e incansavelmente a exigências emergentes.
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Essa ligação entre economia cognitivo-cultural e educação continuada é a evidência de que a educação continuada está ganhando força. A combinação das exigências crescentes com o apelo da educação continuada se torna um meio garantido de lucratividade para instituições e organizações de todo tipo.
Se você não apresenta competências e habilidades compatíveis com novas demandas do mercado de trabalho, é possível buscar atualização para se tornar sujeito do tipo que o mercado deseja. Ao olhar para sites institucionais, é possível enxergar ofertas tentadoras de aprendizagens revolucionárias que prometem fazer a diferença e destacar cada um em algum nicho do mercado de trabalho.
Todos devem se atualizar. Ser um especialista em constante mutação é fundamental. Para isso, basta escolher o melhor curso, com a metodologia mais eficiente, dentre a infinidade de ofertas a disputar clientes consumidores.
O importante é ter um currículo sempre atraente para poder circular e gerenciar a própria carreira. O tamanho do investimento para que isso aconteça vai depender do perfil empreendedor de cada indivíduo e das ofertas do mercado.
A educação continuada, inscrita na lógica do capitalismo cognitivo, não tem limites. Ela está inserida na sociedade do conhecimento com o objetivo de produzir constantemente novos sujeitos, empresários de si mesmos, capazes de corresponder ao mercado de trabalho competitivo. Assim, a educação continuada vem se posicionando no mercado significativamente e movimentando cada vez mais a economia do conhecimento.
Daiana Rocha atua com educação a distância desde 2009. Pedagoga, especialista em gestão e mestre em Educação (ULBRA), começou a carreira na educação básica, passando pelas áreas de orientação educacional e profissional, gestão escolar e docência universitária. No Grupo A, é gerente de produção de conteúdo digital da SAGAH e lidera a implementação de projetos EAD em diversas empresas e instituições de ensino.
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