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7 curiosidades sobre educação ao redor do mundo

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O Dia Internacional da Educação, 24 de janeiro, é uma data comemorativa que tem a intenção de reforçar a importância da educação para o desenvolvimento humano e aumentar a cooperação internacional sobre o tema. Quem propôs a data foi a Organização das Nações Unidas (ONU), em 2018.

 Hoje separamos sete fatos curiosos sobre educação para você conhecer e compartilhar.

Confira!

Universidade mais antiga do mundo

 A Universidade de Al-Karaouine, localizada em Fes, no Marrocos, é considerada a primeira do mundo. Foi fundada em 859 d.C. por Fatima al-Fihri e se chamava Madrasah. Já a Universidade de Bolonha, na Itália, é considerada a primeira do Ocidente, tendo sido fundada em 1088.

No Brasil, a Universidade Ferderal do Rio de Janeiro (UFRJ) é a instituição mais antiga do tipo, fundada em 7 de setembro de 1920. Antes dela existiam faculdades com apenas um curso, como a Escola de Cirurgia da Bahia, criada em 1808.

De toda forma, a criação de escolas de ensino superior no Brasil é considerada tardia, principalmente em comparação aos nossos vizinhos latinos, como a Argentina, que teve sua primeira universidade inaugurada em 1613.

 A Universidade de Al-Karaouine, localizada em Fes, no Marrocos, é considerada a primeira do mundo. Crédito: Wikimedia Commons

Primeira escola pública no mundo

O primeiro conceito de escola pública surgiu entre os séculos XV e XVll, quando o ensino era caracterizado como uma “educação pública religiosa”. Em 1642 foi criada a primeira regulamentação do ensino público, no Ducado de Gota (Alemanha).

No Brasil, as primeiras escolas “chegaram” junto com os jesuítas a partir de 1549. Os religiosos dominaram a educação brasileira até a metade do século XVIII.

Depois disso, surge a “educação pública estatal”, que apesar do nome, estava longe de ao menos tentar ser universal, com uma série de barreiras para pessoas pobres, negras, e indígenas.  Foi só no século XX que a educação básica passou a ser mais parecida com o que é hoje, graças a professores como Paulo Freire e Anísio Teixeira.

Escola e convento jesuíta, hoje conhecido como Pátio do Colégio. Créditos: Militão Augusto de Azevedo/Acervo Arquivo Histórico Municipal de São Paulo

O vestibular é brasileiro!

Você sabia que o vestibular foi criado no Brasil? Em 1911, Rivadávia da Cunha Corrêa, na época ministro da Justiça e dos Negócios Interiores, decidiu criar um exame para selecionar candidatos para universidades do País. Antes, apenas eram aceitos ex-alunos de colégios tradicionais, como o Dom Pedro II, do Rio de Janeiro.

Rivadávia da Cunha Corrêa, ministro da justiça e Negócios Interiores e de Ministro da Fazenda e idealizador do vestibular. Créditos: Prefeitura do Rio de Janeiro.

Outros países com sistemas semelhantes ao do Brasil são o Japão e a Coreia do Sul. Em geral, cada nação conta com sua forma para ingresso no ensino superior. Nos Estados Unidos, por exemplo, o processo seletivo busca conhecer com mais profundidade quem é o estudante que pretende ingressar na instituição. Além de testes, cada aluno precisa apresentar seu histórico escolar, uma carta de recomendação do conselheiro do colégio e mais duas cartas de dois professores diferentes.

Como e quando surgiu EaD no mundo?

O primeiro curso a distância de que se tem notícia foi o de Taquigrafia de Caleb Phillips. Em 1728, ele espalhou pelos jornais de Boston o anúncio de uma formação para quem quisesse aprender uma técnica, inovadora na época, para escrever à mão de forma rápida, usando códigos e abreviações. O curso era destinado a pessoas em qualquer parte dos Estados Unidos, pois os materiais seriam enviados semanalmente pelos correios.

No Brasil, a EaD surgiu com cursos de qualificação profissional. O registro mais remoto data de 1904, com um anúncio nos classificados do Jornal do Brasil de um curso de datilografia (para usar máquinas de escrever) por correspondência. Nos anos 20, o Brasil já contava com os primeiros cursos transmitidos por rádio.

Surgimento de agência de fomento à ciência

A partir dos acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, o então presidente do Estados Unidos, Franklin Roosevelt, queria garantir que a ciência e a tecnologia do país continuassem progredindo tanto quanto durante o conflito. Assim nasceu o National Science Foundation (NSF), modelo de muitas agências federais que financiam ciência pelo mundo – inclusive o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) aqui no Brasil.

O CNPq surgiu em 15 de janeiro de 1951, por meio da lei nº 1310/51. A iniciativa veio do almirante Álvaro Alberto da Motta e Silva, que havia representado o Brasil na Comissão de Energia Atômica do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Academia Brasileira de Ciências (ABC).

Primeiro conselho deliberativo do CNPq, 1951. Créditos: CNPq

Primeira matrícula por cotas

De acordo com documentos históricos da UFRJ, o primeiro aluno a entrar em uma faculdade por meio de cotas no Brasil foi João Evangelista, na Faculdade de Medicina da atual UFRJ (antes conhecida como Escola de Anatomia, Medicina e Cirurgia), em 12 de março de 1815. Apesar disso, o sistema de cotas só foi implementado no país em 2012, por meio da Lei de Cotas (12.711).

Pode-se dizer que o primeiro país a ter esse sistema foi a Índia, já que as cotas raciais estão presentes desde a Constituição de 1949 e funcionam até hoje. Esse processo de reparação também foi algo muito marcante nos Estados Unidos.

Um grupo de alunos da Universidade de São Paulo (USP) realiza ato a favor do sistema de cotas em frente à reitoria da universidade. Créditos: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Desigualdade de gênero permanece

Segundo a ONU, mesmo antes da crise do coronavírus, cerca de 258 milhões de crianças e adolescentes estavam fora da escola, a maioria meninas. E mais da metade dos alunos com 10 anos de idade em países de baixa e média rendas não conseguiam aprender a ler um texto simples.


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Redação
A redação do portal Desafios da Educação é formada por jornalistas, educadores e especialistas em ensino básico e superior.

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