Você já viu o seguinte cenário? Os alunos estão envolvidos em algum trabalho em grupo na sala de aula; devem pensar, compartilhar e dividir, trabalhando através de uma atribuição ou simplesmente debatendo ideias em pequenos grupos. Os alunos podem começar devagar, mas logo eles estarão envolvidos ativamente e todos estarão compartilhando suas ideias, deixando a turma cheia de energia.
Então, é hora de “relatar” a aprendizagem. A energia que até então estava no ambiente é “sugada” muito rapidamente; os alunos não prestam atenção porque eles estão ocupados pensando sobre o que vão dizer, há muita repetição de conteúdo e alguns simplesmente se desligam.
Depois de observar isso em várias classes é possivel perceber que, como muitos instrutores, não esclarecemos muito bem certas atividades. Ainda assim, é neste momento em que ocorrem aspectos importantes do processo de aprendizagem: os alunos comparam as informações, aprendem conteúdos adicionais e reconhecem padrões. Se tivermos em mente a importância de realmente aprender com nossas experiências (Dewey, 1938), reconheceremos que o tempo de esclarecimento de uma atividade para a classe é quando todos tem a oportunidade de refletir.
Aqui estão algumas sugestões sobre como fazer o debriefing ser menos burocrático e mais efetivo para aprofundar a aprendizagem.
- Pense a respeito de duas ou três aspectos que você gostaria muito que os estudantes absorvessem com as atividades, bem como as que você entende que sejam importante que eles compartilhem. Provavelmente serão melhor uso da sala de aula não é aquele em que os alunos resumem repetitivamente o que aprenderam na atividade. Ao invés disso, se seu objetivo é mostrar os diferentes desempenhos ou resultados encontrados pelos grupos, peça aos grupos que eles identifiquem os insights únicos de cada grupo, bem como o processo criativo que eles utilizaram. Assim, se todos os grupos aparecem com o mesmo resultado, você pode enaltecer o raciocínio criativo que eles utilizaram, fazendo novos pontos e questões serem exploradas.
- Certifique-se que os alunos sabem os objetivos da atividade e o que é esperado deles. Se eles têm uma compreensão clara da intenção geral da atividade, podem contribuir com algo que o professor ainda não tinha previsto!
- Não deixe que os grupos apresentem em uma ordem previsível. Contanto que tenha criado um ambiente de sala de aula, você pode escolher aleatoriamente os grupos que devem falar, criando um círculo com os grupos anteriores e mantendo-os envolvidos na discussão.
- Se a atividade tem várias fases, faça uma de cada vez. Compartilhe as experiências do grupo sobre a primeira questão antes de passar para a próxima.
- Em vez de pedir para cada grupo relatar seus resultados na íntegra, após o primeiro grupo ou o segundo, peça para os próximos compartilharem somente ideias novas. Ou então comparar suas respostas com a de grupos anteriores.
- Para garantir que a reflexão aconteça, não os faça compartilhar todo o conteúdo. Seria interessante se a discussão girasse em torno de questões maiores ou na aplicação dos conceitos. Quais perspectivas eles ganham criando um “mapa conceitual” com seu grupo? Ocorreu algum desentendimento? Como é aplicado o resultado em novos cenários?
- Para aprofundar o aprendizado ainda mais, esclareça o processo. Será que os alunos ganharão novos conhecimentos ao discutir estes temas? Eles enxergam de forma diferente agora?
Ao analisar os relatórios das atividades de grupo, reconhecemos que é preciso algum planejamento para maximizar os benefícios em sala de aula. Saiba identificar quais dessas sugestões e formatos melhor se aplicam à sua sala de aula, e compartilhe suas experiências!
*Texto originalmente escrito por Bridget Arend, PhD
Fonte: Faculty Focus
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