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Phill Miller, da Blackboard, e os quatro princípios da educação do futuro

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Phill Miller, vice-presidente de Ensino e Aprendizagem da Blackboard, em palestra no Brasil. Crédito: divulgação.

O vice-presidente de Ensino e Aprendizagem da Blackboard, Phill Miller, esteve recentemente em São Paulo, onde se reuniu com educadores de todo o Brasil. E foi durante esse encontro, em maio, que o executivo fez algumas projeções pertinentes para o mercado de ensino superior. Segundo ele, não há dúvida: a tecnologia é o pilar da educação do futuro.

Mas é preciso ir além, o que significa apostar em pessoas. “Os nerds, que desenvolvem as tecnologias, não são suficientes. Tanto que estamos contratando muito mais educadores do que no passado. Gente que entende de orçamento, de processo político e de aprendizado para adaptar nossas soluções tecnológicas a todas as necessidades.”

Em sua explanação, Miller também jogou luz aos desafios que as IES devem enfrentar nos próximos anos. Se as faculdades e universidades quiserem ser eficientes em captação e retenção de alunos, será necessário manter um alto nível acadêmico e criar experiências de aprendizado inclusivas – o que só será possível se as instituições atentarem a quatro princípios. Saiba quais são:

1. Oferecer aos alunos ferramentas simples, mas potentes
Um ambiente virtual de aprendizagem (LMS, na sigla em inglês) pode não ser suficiente se não oferecer ferramentas distintas e que atendam às mais variadas necessidades de alunos e professores. O ideal é que o acesso ao LMS seja simples e, ao mesmo tempo, capaz de fornecer mecanismos que superem as expectativas. “Assim como o Office, da Microsoft, integrou ferramentas distintas para melhorar a experiência e o fluxo de trabalho dos usuários, a Blackboard também caminha para a criação de uma suíte de soluções porque acredita que esse será o futuro.”

2. Fornecer sistemas desenhados para todo tipo de dispositivo
Quanto mais responsiva for a plataforma, melhor para a comunidade universitária. Os sistemas de aprendizagem precisam estar adaptados a todos os formatos de tela – smartphone, computador e tablet –, sem prejuízo à experiência. Para Miller, esse cuidado se reverte em satisfação de alunos e professores. Acaba retendo matrículas e, de quebra, mantendo os docentes motivados.

3. Na educação do futuro, expandir a acessibilidade é fundamental
A experiência educacional acessível inclui plataformas simples e responsivas. Mas quando contam com ferramentas inclusivas, elas passam a agregar ainda mais qualidade e permitem que a base de usuários seja ampliada. Prover acessibilidade virtual é cumprir com a meta de inclusão social – fator importante também para a manutenção de uma boa imagem da IES. A atenção, aqui, é com a acessibilidade equilibrada. Isto é: ferramentas não apenas para alunos com algum tipo de deficiência, mas para facilitar a vida. Trata-se de ouvir a aula enquanto dirige, cozinha ou lava a louça, por exemplo. É o que faz a plataforma Ally, lançada em 2017 pela Blackboard.

4. Aprender 24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano
Em uma época em que a rotina deixou de ser padronizada, a hora de aprender pode (e deve) acontecer a qualquer momento. E as plataformas de ensino devem estar integralmente conectadas a essa nova realidade. Na educação do futuro, o ambiente virtual de aprendizagem não tem descanso: se o aluno precisa estudar de madrugada, o conhecimento e as ferramentas têm de estar disponíveis. Para Miller, a regra é clara: o usuário demanda, a plataforma oferece.

Leia mais: O futuro do ensino superior: a era da Educação 4.0

Redação
A redação do portal Desafios da Educação é formada por jornalistas, educadores e especialistas em ensino básico e superior.

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