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Como envolver os alunos no planejamento das aulas

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O planejamento das aulas é parte fundamental da atuação do professor, porém é uma tarefa que pode demandar tempo extra de trabalho, além de, muitas vezes, se apresentar como um labirinto difícil de desvendar. Assim, envolver os próprios alunos nessa etapa do ensino pode ser benéfico. Mas como engajar os estudantes em mais uma atividade dentro de suas agendas já atribuladas? O site EdSurge traz algumas estratégias para fazer dessa empreitada uma jornada de sucesso.

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A participação estudantil precisa de estímulos por parte dos professores
[FONTE: In Socrate’s Wake]

Objetivos claros
Toda organização da aula deve girar em torno de um objetivo. Depois de estabelecer qual é a meta do dia ou de uma atividade, fica mais fácil pensar em quais os passos para se chegar até lá. Os alunos podem participar tanto da criação da meta quanto da estratégia para cumpri-la. A meta ideal é a busca por uma resposta. Por exemplo, em uma aula de técnicas jornalísticas, os alunos poderiam se questionar como é uma reunião de pauta; como se dá apuração junto à polícia; quem edita o texto final; como trabalha um ombudsman etc. Aqui, nasce a meta.

A partir disso, a turma inteira pode colaborar com as estratégias para se chegar à resposta. Em que meios se dará a pesquisa de informações? Quem pode ser contatado para compartilhar experiências? Que veículos e teorias podem ser comparados? Com um objetivo final e com os degraus a serem superados em cada etapa, todos saberão que caminho seguir e o que esperar da atividade. Conforme as circunstâncias, o professor saberá quando deve se aproximar ou se afastar da turma, orientando e deixando que os estudantes sigam seus próprios instintos.

Quando o percurso de aprendizado se concluir, os alunos podem compartilhar o que aprenderam com o resto da turma ou, ainda, com outras turmas da mesma instituição. Esse processo pode ocorrer tanto em seminários e aulas abertas, como em plataformas online, criando espaços de conhecimento aberto e colaborativo, como fóruns. Basta abraçar as novas tecnologias e deixar que as redes se formem.

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Se os alunos quiserem compartilhar o conhecimento em um concerto musical, por que não?
[FONTE: Madeira]

Mãos à obra
Depois de mergulhar na busca pelo conhecimento, os alunos certamente terão sede de novas experiências. É um bom momento para convidá-los a colocar em prática o que aprenderam. Mais uma vez, todos podem participar do planejamento. Retornemos à turma de jornalismo: talvez agora eles queiram criar um jornal ou uma revista da turma; talvez produzir uma reportagem investigativa; ou, ainda, é possível que alguns tenham achado o tema para uma linha de pesquisa. O professor pode aproveitar os desejos dos estudantes e criar novos projetos, com novas metas e novas etapas a serem conquistadas, gerando um outro produto final.

Reflexão
Depois de tanta atividade e produção, é necessária uma pausa para se refletir sobre os processos, os erros e acertos do caminho. A primeira questão é verificar se o objetivo foi alcançado. Se não, tente determinar as dificuldades encontradas e o que faltou para que elas fossem superadas. Se o objetivo foi alcançado, avalie as estratégias de sucesso adotadas e verifique se elas poderiam ser aprimoradas no futuro. Abra o debate e reserve um tempo para que os alunos expressem também seus sentimentos de contentamento ou frustração, a integração e confiança dentro do grupo serão benéficas para projetos futuros.

A inclusão dos alunos é uma tática de empoderamento. Mais do que aprenderem técnicas de planejamento, eles se sentirão valorizados e donos de sua própria carreira acadêmica. Ao se tornarem aprendizes autônomos, eles também se tornarão mais parceiros dos professores.

Você já experimentou técnicas similares na sua instituição de ensino? Que resultados obteve? Compartilhe conosco e nossa newsletter para acompanhar o debate.

Redação
A redação do portal Desafios da Educação é formada por jornalistas, educadores e especialistas em ensino básico e superior.

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