Já faz algum tempo que a palavra feedback está em nosso vocabulário. Expressão comum nas empresas, especialmente nas multinacionais, feedback nada mais é do que o ato de dar retorno a alguém sobre algo. Em tempos de educação a distância, modalidade marcada pela tecnologia, o feedback também pode ser encontrado nas salas de aula online. Em um artigo recente no site Edudemic, Scott Hayden, especialista na área, disse que o vídeo é a melhor forma de dar e receber feedback dos alunos. E, é, claro, explicou o porquê.
Sua justificativa é simples: familiaridade. Em tempos de YouTube, não é exagero dizer que os jovens estão acostumados a consumir informação a partir desse tipo de mídia e que, por vezes, até preferem o vídeo a um livro. Além disso, os vídeos proporcionam um tipo de experiência que é cheia de detalhes, porque tem imagem em movimento e som, e, mais do que isso, que está totalmente de acordo com os hábitos dos estudantes.
Feedback por vídeo é mais interativo, mais detalhados e personalizado para o aluno
[FONTE: ProjectLab]
Na opinião de Hayden, o feedback por vídeo dá ao professor a chance de avaliar outras características do aluno, que vão além do conhecimento adquirido. Para fazer um vídeo, eles precisam colocar em prática seus conhecimentos de tecnologia, de ferramentas disponíveis e ainda mostrar suas habilidades comunicacionais. Do lado do professor, por vídeo, é possível dar um retorno mais pessoal, direcionado àquele aluno em específico.
Dentre os benefícios para os professores, o especialista destaca:
– Com o vídeo, se faz um uso mais eficiente do tempo de feedback, uma vez que é possível dar até exemplos visuais para o aluno, detalhando as respostas aos seus questionamentos;
– Com a ajuda da computação na nuvem, é possível compartilhar o vídeo com facilidade;
– Até o YouTube pode ser usado: basta ajustar as configurações para tornar o canal privado para que ninguém, além do aluno, possa acessá-lo;
– Uma vez enviado pelo estudante, o professor pode acessar o vídeo de qualquer dispositivo.
Já para os estudantes, os benefícios são:
– O vídeo pode servir para consultas e revisões em tempos de avaliações, uma vez que é um arquivo que pode ficar guardado no computador ou na nuvem e ser acessado de qualquer dispositivo;
– Os alunos podem fazer uma pausa no feedback, e fazer alterações e melhorias em seu próprio vídeo antes de enviá-lo;
– Para o estudante, o feedback é mais divertido, detalhado e pessoal.
O professor pode avaliar outras características do aluno, como sua habilidade de se comunicar
[FONTE: Guia do Estudante]
Um outro texto publicado no mesmo site, mas de autoria de Katie Lepi, traz um infográfico sobre o impacto do vídeo na educação. Dentre as várias transformações, a autora destaca alguns números e conclusões que corroboram com a teoria de Hayden de que o vídeo veio para ficar na educação, e não só a distância. E, mais do que isso, se tornou uma ferramenta educacional que vai muito além do passar um filme na sala de aula. O infográfico é de autoria da Cisco, importante empresa de tecnologia, e reflete o uso do vídeo na educação nos Estados Unidos.
– O vídeo está se tornando o canal de comunicação preferido;
– Contas de vídeo na web foram responsáveis por 40% de todo o tráfego da internet em 2012;
– Até 2016, espera-se que esse número salte para 62%;
– O vídeo ajuda os alunos a se tornarem ativamente envolvidos em sua aprendizagem;
– O vídeo ajuda a maximizar os recursos da escola;
– Ele aumenta o engajamento e entusiasmo entre os alunos;
– O vídeo pode ajudar a facilitar a colaboração;
– O vídeo é apropriado para vários estilos de aprendizagem;
– Ele ajuda a melhorar os resultados dos estudos;
– 68% dos professores acreditam que o conteúdo de vídeo ajuda a estimular discussões;
– 66% acreditam que ajuda a aumentar a motivação do estudante;
– 55% acreditam que ele ajuda os professores a serem mais criativos;
– 62% acreditam que ele ajuda os professores a serem mais eficazes;
– 91% dos estudantes Universidade de Massachusetts sentiu que o uso de vídeo-palestra ajudou no aprendizado do material do curso;
– 44% dos estudantes do ensino médio pontuaram mais alto em seus exames quando o material foi apresentado em formato de vídeo.
Grande parte desses números e conclusões dizem respeito à realidade norte-americana, mas é preciso lembrar que, em tempos de internet, alunos, e ainda mais os do ensino a distância, são cada vez mais parecidos. E que, no Brasil, o YouTube já é campeão de audiência há anos. Se você ainda não experimentou o vídeo na sua instituição, a hora é agora. Se você já aposta no vídeo ou em outro tipo de ferramenta que acredita ser mais eficiente para fazer feedback com alunos e professores, compartilhe conosco.
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