A sua empresa está preparada para o futuro? Quem pergunta é Martin Mayer, consultor da Motive Liderança e Gestão, empresa gaúcha especializada em formação de gestores. Esse é um questionamento comum dos coachs – e cada vez se mostra mais atual e necessário.
A chamada quarta revolução industrial – o movimento econômico de inovação causado pelo boom das ferramentas digitais e pela abundante geração e disponibilidade de dados – tem se colocado como um novo paradigma para o empreendedorismo dentro e fora das empresas. E cada vez mais rápido.
“É preciso encontrar as oportunidades, em vez de ficar com medo da inovação”, explica o consultor, que tem formação nas áreas de Economia, Psicologia e Administração de Marketing. “O principal ponto aqui é fazer com que os colaboradores vejam que essas mudanças já são o presente.”
Muitas empresas já entenderam o recado e não ficaram para trás. Grandes corporações como GE, Santander e Apple estão investindo pesado em estruturas próprias para garantir formação e desenvolvimento de todos os níveis de colaboradores.
As chamadas universidades corporativas (UC’s) focam na capacitação de líderes e treinamento contínuo dos funcionários. O objetivo, em grande parte, é suprir as deficiências do sistema educacional padrão – ao mesmo tempo em que se fornece uma formação personalizada e se integra o colaborador à cultura da companhia.
“As empresas entendem que essa formação é um diferencial de competitividade. Por meio das UCs, as empresas se preparam para mudanças na economia global e volátil”, diz Marcos Baumgartner, presidente da Associação Brasileira de Educação Corporativa (AEC Brasil), em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
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Uma característica deste tipo de instrução são os multiplicadores – funcionários que completam suas formações e espalham os conhecimentos adquiridos pela empresa, sendo disseminadores de conhecimento, informações e dos valores da organização. “É um fenômeno orgânico. O profissional que reflete sobre a importância da educação corporativa acaba se tornando naturalmente um multiplicador”, afirma Martin Mayer.
O modelo mais comum foca nos colaboradores da empresa, mas existem universidades corporativas que se dedicam ao processo de toda uma cadeia produtiva. Há, ainda, o exemplo das UCs setoriais, que congregam pequenos e médios negócios de um mesmo setor para uma capacitação conjunta.
Plataforma e metodologia são essenciais
Se, ao ouvir falar sobre universidades corporativas, você logo imagina um campus para os funcionários, saiba que o conceito é diferente. Mesmo com empresas apostando em polos presenciais, boa parte do ensino é via EAD, o que otimiza gastos e gera engajamento dos colaboradores.
A pedagogia empresarial se desenvolve a partir das necessidades do mercado, e faz com que a educação se torne cada vez mais adaptada ao ambiente in company. A aplicação de metodologias e formas de ensino se encaixam nos objetivos da UC.
Também é necessário encontrar uma Learning Management System (LMS) adequada para a gestão dos cursos. São centenas de possibilidades ofertadas, além da possibilidade de a própria organização desenvolver sua solução tecnológica.
Empresas como a Blackboard desenvolvem sistemas que servem de ponte entre o ensino corporativo e os alunos, fazendo valer a maior vantagem desta modalidade: a objetividade. Com tantas alternativas, escolher uma boa plataforma de ensino a distância significa optar pela que melhor se adapta a suas metas e capacidade.
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