Não se fala em outra coisa no meio educacional. Mudança é a palavra de ordem. Metodologias ativas, inovação, competências, novas tecnologias, tudo para se fazer diferente o que se fazia no passado. Mas será que precisamos mesmo mudar? Afinal, todos nós fomos formados no modelo tradicional e estamos desempenhando nossos papéis profissionais de modo mais ou menos relevante.
De fato, o modelo tradicional serviu a um propósito e foi efetivo, até certo ponto. No entanto, o acesso universal à informação, proporcionado pelo advento da Internet e das mídias digitais, transformou radicalmente a sociedade e com ela a forma de se relacionar, consumir, trabalhar, aprender e, até mesmo, viver.
Neste novo contexto, não tem como a educação permanecer a mesma. Ficar como está já não é mais possível, nem sequer é tolerável, muito menos inteligente. Isso mesmo: o que foi bom no passado, está dando evidências de não servir mais. Hoje um estudante de um curso superior ao se formar é capaz de lembrar, em média, 40% do que lhe foi ensinado, mas não é capaz de colocar em prática nem 10% destes ensinamentos.
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Se no passado era aceitável sair de uma faculdade com uma boa base teórica para, depois, na vida profissional, aprender a realidade prática e a real aplicabilidade destas teorias, hoje isto não é mais justificável.
Me parece que já começamos a obter um consenso, entre os educadores, de que é preciso mudar, porém, o consenso acaba quando se discute o que mudar e como mudar. Mudar a metodologia de ensino é só um pequeno pedaço do que precisa ser feito. Para a educação ser realmente efetiva, precisamos ir além, questionando e revendo os seguintes elementos:
- O que é aprendizado?
- O que ensinar e o que aprender?
- Como ensinar e como aprender?
- Para que ensinar e para que aprender?
Nas próximas semanas iremos explorar cada um destes elementos, começando pelo aprendizado efetivo. Até mais!
RYON BRAGA é diretor-presidente da Faculdade Uniamérica, no Paraná, uma das instituições mais inovadoras do Brasil.
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