O primeiro mês de 2015 já está chegando ao fim, mas ainda há tempo de conhecer previsões para o uso da tecnologia na educação durante o ano. Esse é o momento, também, para que gestores se preparem para o ano letivo que irá iniciar em breve.
Algumas questões são essenciais: quais são as novidades esperadas por especialistas no que tange ao ensino digital? Que tecnologias vieram para ficar? O site Education Dive conversou com profissionais que são CIO (chief information officer, o que seria equivalente ao chefe da área de tecnologia da informação, no Brasil) em instituições norte-americanas e eles falaram um pouco sobre suas previsões para o ano que se inicia a respeito da sala de aula digital e do uso de dados e redes sociais, entre outros temas:
Dados e segurança na nuvem
Para Fred Tarca, da Quinnipiac University, um dos tópicos mais importantes com relação à tecnologia na área da educação é o que tange à segurança. Tanto na vida diária do estudante, quanto na administração da instituição e na própria sala de aula, dados são utilizados e atualizados. Proteger a integridade dessas informações será um constante desafio para os gestores. Já Andy Jett, da Baker University, acredita outro ponto importante é buscar a integração entre diversos sistemas de gerenciamento de dados, possibilitando, assim, o desenvolvimento de diferentes formas de utilização desses dados e novas iniciativas tecnológicas na instituição.
David Hinson, que trabalhou na Hendrix College, diz que a tecnologia na educação não é algo a ser temido, mas um incremento capaz de aumentar o impacto de um trabalho pedagógico. Para ele, as grandes apostas para o período são a Internet of Things (internet das coisas, em português), uma revolução tecnológica em curso que pretende interligar toda a sorte de dispositivos e objetos, conectando-os à rede, o bluetooth de baixa energia e os iBeacons, pequenos transmissores que localizam dispositivos e aparelhos.
Tanto Jett quanto Hinson citam as possibilidades do armazenamento de dados na nuvem como uma tendência a ser seguida. De acordo com o segundo, esse é um ótimo investimento em termos financeiros e também com relação à segurança dos dados em relação a um data center tradicional.
A sala de aula tecnológica e a educação híbrida
A gravação de aulas para que depois sejam assistidas online será uma tendência até mesmo no ensino básico em 2015, de acordo com Tarca. Isso aproxima muito o ensino presencial do digital, criando mais uma ponte para a educação híbrida. Para ele, ao passo que as instituições forem se acostumando com o uso de vídeos na educação, a sala de aula invertida ganhará um papel de destaque. Já Jett tem visto uma maior aceitação do ambiente digital nos campi tradicionais, para além do simples conceito de hibridismo e mais voltado a ser uma extensão dos ambientes físicos de aprendizado. As ferramentas oriundas do ensino online são capazes de incrementar o aprendizado dentro e fora da sala de aula, além de se ligarem diretamente ao local em que os estudantes “vivem”, que é a tela de seus celulares e tablets, brinca o especialista. A nuvem e seus serviços adjacentes devem seguir afetando quais tipos de softwares serão utilizados na educação, bem como a forma com que os programas para esse fim serão construídos, afirma Hinson, que também aposta nos aplicativos feito para bibliotecas como bons investimentos para gestores de instituições de ensino em 2015.
Tendências
Para Fred Tarca, as redes sociais seguirão permeando a vida estudantil. Enquanto algumas são um reforço positivo para o aprendizado, outras, segundo eles, não são nada produtivas. Aplicativos de social mídia em que resultados podem ser mensurados são bem vindos, mas os gestores devem ficar de olho para que as redes sociais não se tornem distrações.
David Hinson, por sua vez, acredita que as impressoras 3D invadirão não apenas as instituições de ensino mas também os currículos, podendo ser aproveitadas em cursos como arqueologia, antropologia, artes, física e química. Ele ressalta ainda a prática bring your own device (BYOD, traga seu próprio dispositivo, em português), que é essencial. As instituições de ensino que não suportarem as mais variadas tecnologias para o aprendizado (de tablets a desktops, passando por smartphones) estarão ultrapassadas. Por fim, ele afirma que o departamento de tecnologia da informação das universidades devem se transformar e tornarem-se facilitadores para um futuro com tecnologia responsável e sustentável na área da educação.
As previsões para 2015 feitas pelos profissionais da informática não são apenas uma leitura do futuro para o ensino em geral. Para um gestor que trabalha com o ensino a distância e já tem como desafio diário o aprendizado por meio de artefatos tecnológicos, as previsões tornam-se preciosas dicas para sua prática.
E a sua instituição? Já tem planos para adotar novas tecnologias no ano letivo que se inicia? Compartilhe conosco suas apostas e não deixe de assinar nossa newsletter.
[…] Profissionais que trabalham na área de informática em grandes universidades fazem previsões do que será tendência em 2015. […]