Para que o estudante tenha um desenvolvimento positivo ao fim do trabalho em sala de aula, a construção de fatores pedagógicos é fundamental. Aqui, entram em cena a metodologia de ensino e os chamados métodos avaliativos. Mas não existem receitas. Falar de avaliação é sempre um desafio, pois não como indicar qual tipo será mais adequado ou eficiente. Ainda assim, o modelo precisa estar claro para o estudante desde o primeiro dia de aula. É importante, ainda, que ele veja a aprendizagem e a avaliação como processos necessários.
A educadora Jussara Hoffmann, uma das referências em avaliação no Brasil, ressalta a importância de se compreender a ação avaliativa como uma das mediações pela qual se encorajaria a reorganização do saber. No livro Avaliação: mito e desafio uma perspectiva construtivista, ela fala da relação entre aluno e professor – e orienta ambos a coordenar seus pontos de vista, trocando ideias, e reorganizando-as.
Nesse sentido, metodologias como peer instruction – ou instrução entre pares – e aprendizagem adaptativa impulsionam os alunos a buscar competências e habilidades de maneira mais profunda. Já a aprendizagem por competências oportuniza uma experiência de acesso ao conteúdo com maior significado para o aluno, pois respeita sua bagagem de conhecimento e o desenvolve em três dimensões: conceitual (ligada ao saber), procedimental (ligada ao saber fazer) e atitudinal (ligada ao ser).
Projetos integradores
Atualmente, muitas instituições de ensino superior trabalham com projetos integradores. A proposta interliga competências durante o período de estudo e faz com que os alunos reconheçam a importância dos conteúdos. Como resultado, o estudante irá formar habilidades que só podem ser adquiridas por meio de um processo que trabalhe sob a tríade ensino + aprendizado + avaliação. Características assim estão no campo das competências do saber fazer. Ou seja, elas permitem a aplicabilidade do conhecimento independentemente da situação em que ele está envolvido.
Com essa perspectiva, os discentes serão formados de acordo com aquilo que o mercado de trabalho espera: um profissional preparado tecnicamente, e acima de tudo que sabe utilizar o conhecimento diante de problemáticas diversificadas de maneira ética e eficiente. Construído a partir da sala de aula, o processo faz com que o papel do professor seja um ponto a ser destacado. Afinal, ele se torna orientador e mediador das aprendizagens. Sua função é motivar e instigar os alunos para novos olhares e possibilidades de aplicação dos conceitos aprendidos – seja no processo de ensino e aprendizagem, seja na vida profissional.
O importante é frisar que quem está no centro é o aluno – sempre. Nesse cenário, o professor torna-se, cada vez mais, gestor e orientador de caminhos, fazendo parte de um processo de construção mais aberto e criativo.
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