Embora sejam populares e interessantes para desenvolver muitas habilidades necessárias ao aluno, os trabalhos em grupo também costumam ser polêmicos. A tendência à divisão injusta das tarefas dentro do próprio grupo e a falta de participação de alguns alunos podem acabar com toda a premissa do trabalho em equipe. Esse desafio pode ser ainda maior para o tutor que ensina a distância e quer promover essa experiência também ao aluno de EAD. O site Edutopia, no entanto, fez uma lista com dicas para que esse tipo de tarefa seja realmente produtiva. Confira.
Intenções claras
Para que o trabalho em grupo seja bem sucedido, o importante é que as intenções do professor sejam claras tanto para os alunos quanto para ele próprio. Dessa forma, as expectativas do projeto serão plenamente compreendidas pela turma, aumentando as chances de que elas se cumpram. A divisão dos grupos, por exemplo, pode ser aleatória, por escolha do professor ou feita pelos próprios estudantes. Todas as alternativas são válidas, desde que atendam às necessidades da proposta.
Heterogêneo ou Homogêneo?
Uma das questões que surgem no que tange à seleção dos componentes do grupo por parte do professor é referente à similaridade entre alunos. Unir os semelhantes ou fazer um time misto? O importante, em primeiro lugar, é entender os motivos das diferenças entre os conceitos dos alunos, por exemplo. E se os que apresentam pior desempenho o fazem por falta de acesso adequado a material, fontes de pesquisa e tecnologia? Se for o caso, é importante considerar que deixar esses alunos no mesmo grupo, apenas irá reforçar essas dificuldades, em vez de estimulá-los a crescerem juntos. Da mesma forma, alunos que costumam se sair bem sozinhos, podem manter essa tendência mesmo durante o trabalho em grupo. Portanto, essa estratégia não funciona quando a ideia é a interação entre os estudantes. De qualquer maneira, utilizar como critério os conceitos dos alunos não é ideal mesmo para a proposta mista, pois é muito rasa. A melhor forma de arranjar os grupos, no caso de escolha do professor, é fazê-lo baseado nas habilidades que cada aluno demonstra.
A estrutura da proposta
Apenas sugerir uma tarefa para ser cumprida pode não ser o suficiente para que o trabalho em grupo seja produtivo. Muitas vezes, alguns alunos fazem todo o trabalho e outros ficam de fora. E isso pode acontecer até mesmo pelo fato de os estudantes simplesmente não saberem como dividir o serviço. O ideal, nesse caso, é designar tarefas a serem cumpridas por diferentes membros do grupo, as quais podem ser distribuídas pelos próprios estudantes, de acordo com preferência pessoal ou capacidades. Um pode ser o líder do grupo, outros podem ser os pesquisadores, enquanto outros podem ser os idealizadores do projeto, por exemplo. Existem diversas funções que se adequam às mais variadas propostas de trabalho.
Criando a cultura da colaboração
Não basta exigir uma postura colaborativa por parte dos alunos, é necessário explicar do que se trata. É importante deixar claro o que é esperado de cada componente do grupo em termos de comportamento, como a capacidade de chegar a um consenso, a habilidade de se comunicar efetivamente e o pensamento crítico. Ao trabalhar com esses princípios como base, os estudantes irão naturalmente construir uma cultura de colaboração ao longo do trabalho.
A parcela individual
Ao realizar um trabalho de grupo com tarefas bem estruturadas e distribuídas fica mais fácil tanto para professor quanto para alunos perceberem as realizações individuais de cada um. Além do reconhecimento do esforço dos colegas, essa organização permite ao estudante perceber que a tarefa só poderia ter sido cumprida em sua totalidade por meio do trabalho em equipe e quando todos fazem a sua parte.
O trabalho em grupo pode ser uma forma muito rica de gerar aprendizado, fazendo com que os estudantes experimentem técnicas do ensino colaborativo e diminuindo as barreiras entre o aprender e o ensinar. Para isso, basta que a proposta seja estruturada a fim de que o projeto seja realmente produtivo para todos.
E você? Utiliza trabalhos em grupo em sua docência? E os resultados, são positivos? Não deixe de compartilhar conosco a sua experiência ou de assinar nossa newsletter.
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