A procrastinação é um mau hábito que pode atingir a qualquer um, sem ressalvas, mas, na área da educação, é especialmente temido. Isso ocorre porque tanto estudantes quanto professores, ou ainda gestores, em especialização ou no exercício de sua profissão, são donos dos próprios prazos e gerenciam seu tempo. Mesmo que isso ocorra que dentro de um calendário acadêmico já estabelecido. Quando falamos em educação a distância, em que o aluno manipula também seus horários e suas aulas, a procrastinação pode ser um empecilho ainda maior, assim como as distrações da internet. No entanto, dicas para driblar a tendência a procrastinar e ser o dono do próprio tempo não faltam. Confira:
Procrastinar? Sim. Produzir? Também.
Uma das principais dicas para evitar esse hábito é justamente encará-lo, mas de uma forma bastante curiosa. A chamada procrastinação estruturada é basicamente uma maneira de enganar o próprio cérebro, de forma que a tarefa principal passe a parecer ser a distração. Confuso? Explicamos: procrastinadores sempre encontrarão passatempos que os afastarão de sua atividade mais importante. Nesse método, a ideia é não evitar o afastamento temporário da tarefa, mas, em vez de ficar perdendo tempo descompromissadamente quando isso ocorre, o ideal é começar imediatamente outra tarefa. Dessa forma, o objetivo inicial se tornará menos importante, e, quando você menos esperar, estará retornando a ele, para evitar concluir a nova missão. Parece brincadeira, mas esse método existe e funciona para muitas pessoas que têm dificuldade em manter a produtividade.
Um pouco de cada vez
É essencial para procrastinadores que projetos sejam encarados passo a passo, especialmente aqueles grandes, que demandam tempo muito tempo e concentração. Tarefas concretas são mais fáceis de seguir e completar do que as abstratas. Por isso, estabelecer pequenas metas dentro de um plano maior é o ideal para a produtividade, especialmente para os que têm tendência a se distrair. E, quanto mais distante é o prazo final, mais abstrata a tarefa se torna. Para propor um projeto para os alunos, por exemplo, o professor pode “quebrá-lo” em pedaços menores (definir tema, realizar pesquisa bibliográfica, entregar um esboço) e estabelecer datas limite para cada passo. Estudantes, professores e até mesmo gestores podem aplicar esse método por conta própria, em suas mais diversas funções.
Não deixe tudo para a última hora
Às vezes, é necessário se afastar de uma tarefa para conseguir completá-la. Quando seu cérebro começa a trabalhar em um problema, ele não para. Se estamos envoltos em um projeto, a mente permanece tentando encontrar soluções, mesmo se não estivermos ativamente trabalhando na tarefa. Um dia, ao retomar a atividade, as ideias podem surgir como mágica, mas, na verdade, foi o subconsciente que permaneceu trabalhando na questão. Por esse motivo, é essencial que a dedicação a um projeto ocorra um pouco a cada dia e que as tarefas não se acumulem todas para a última hora. Muitas pessoas conseguem uma maior produtividade após uma noite de sono, por exemplo, pois essa é uma ótima maneira de aproveitar o processamento de informações subconsciente. Precisar focar na resolução de um problema com prazo apertado e sem tempo para intervalos é um prato cheio para a procrastinação aparecer.
Esqueça a motivação
Muitas pessoas gostam de se motivar antes de começar uma tarefa difícil, mas esse método é bem pouco efetivo. Na maioria das vezes, tempo e energia são gastos em uma motivação que não chega, em vez de serem investidos na própria feitura do projeto. A melhor dica para procrastinadores é que se permitam assumir que não estão com vontade de realizar a tarefa naquele momento, mas que se dediquem a começá-la mesmo assim, ao invés de tentar encontrar motivação.
Mesmo o estudante mais entusiasmado e o professor mais dedicado podem se deparar, uma vez ou outra, com as distrações que os impedem de finalizar uma tarefa. Da mesma forma, é importante para quem gerencia instituições de ensino conhecer técnicas para lidar com a procrastinação, tanto em sua atuação profissional quanto para orientar seu time de tutores e alunos. Essas são algumas dicas interessantes para manter a produtividade, mas é muito comum que, com o autoconhecimento, cada um descubra sua própria maneira de render mais. Não é um problema grande ou sem solução, é um pequeno desafio da educação que faz parte da rotina de todos que trabalham na área.
E você? Que estratégias utiliza para conseguir atingir seus objetivos acadêmicos sem perder o foco? Compartilhe conosco. E não se esqueça de assinar a nossa newsletter.
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