Ao analisar os dados do Ensino Superior, os números de desistência sempre se destacam como um ponto crítico a ser aprimorado. Segundo o INEP (2023), no último Censo do Ensino Superior, a taxa de desistência acumulada atingiu 58% em 2022, mantendo-se acima de 50% desde 2017, um dado impactante.
Com a divulgação desses resultados, surgem questionamentos sobre as estratégias para envolver os alunos em sua jornada acadêmica e como criar um ambiente que os conduza com sucesso até a conclusão de seus estudos.
Certamente, essa não é a questão definitiva nem a solução para todos os desafios do Ensino Superior e da educação de qualidade. Contudo, pode ser uma das respostas mais buscadas pelas Instituições de Ensino Superior, constituindo o foco principal das equipes de sucesso do cliente ou das áreas de retenção e permanência.
Fatores associados à retenção e permanência
É crucial destacar a complexidade desse tema. Diversos fatores influenciam a decisão dos estudantes de seguir ou interromper seus estudos, sendo alguns mais relevantes que outros. Embora seja viável identificá-los, é extremamente complexo prever qual deles determinará a continuidade dos estudos, especialmente devido a imprevistos pessoais que podem surgir ao longo da jornada acadêmica e impactar a decisão de desistência.
O desafio proposto aqui é analisar as ofertas educacionais sob a ótica de um produto específico.
O que isso implica? Acredito que abordar a educação como um produto pode nos conduzir a caminhos inexplorados, revendo a relação entre a Instituição de Ensino, o curso oferecido e seu público-alvo.
Por exemplo, muitas vezes há confusão ao associar a visão de produto na Educação apenas a negócios, lucratividade e escalabilidade. No entanto, essa abordagem nos proporciona estratégias eficazes, como:
- proporcionar valor percebido
- aumentar a aceitação no mercado
- aprimorar constantemente o produto
- e o mais importante, atender às necessidades dos alunos em termos de metodologia, conteúdo e experiência.
Na Educação, podemos trazer esse conceito de forma bem objetiva ao analisar um curso como se fosse um produto. O ideal é conectar uma nova estratégia de retenção a partir do propósito do curso e da sua entrega de valor. A partir desse momento, o produto educacional passa a ter um propósito exclusivo e único deste produto, que até pode se tornar um propósito institucional, mas que não é necessariamente uma obrigatoriedade. Podendo uma instituição ter para cada curso um propósito único.
Leia este material completo baixando o whitepaper “Retenção e permanência no Ensino Superior: explorando novas abordagens”
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