By O governo federal oficializou a suspensão por 60 dias do cronograma de implementação do Novo Ensino Médio. A decisão, que vinha sendo aguardada nos últimos dias, foi publicada em portaria no Diário Oficial da União (DOU) na terça-feira(4).
“Nós reconhecemos que não houve um diálogo mais aprofundado da sua implementação, não houve uma coordenação por parte do Ministério da Educação”, afirmou ministro Camilo Santana em coletiva de imprensa.
O documento suspenderá todos os prazos de uma outra portaria editada em 2021, também pelo Ministério da Educação (MEC), incluindo o prazo para que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) atualizasse as mudanças de avaliação com base no Novo Ensino Médio.
A revogação tem sido uma reivindicação de entidades estudantis e de especialistas. “De forma democrática, vamos ouvir as entidades, vamos ouvir os estados que executam as políticas, vamos ouvir os professores, as entidades estudantis, para que a gente possa tomar decisões com responsabilidade”, acrescentou o ministro, que destacou a falta de orientação adequada na formação de professores e na adaptação de infraestrutura necessária nas escolas.
Em São Paulo, estudantes secundaristas protestaram pedindo a revogação do Novo Ensino Médio. Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil.
Novo Ensino Médio
A atual política do Ensino Médio foi criada pela Lei 13.415 de 2017, no governo de Michel Temer, com o objetivo de tornar a etapa mais atrativa, implantar o ensino integral e evitar que os estudantes abandonem os estudos.
Com o modelo, parte das aulas deveria ser comum a todos os estudantes do País, direcionada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Na outra parte da formação, os próprios alunos poderiam escolher um itinerário para aprofundar o aprendizado. A oferta desses itinerários, entretanto, depende da capacidade das redes de ensino e das escolas.
Sobre o Enem, Camilo Santana explicou que nenhuma alteração na prova ocorrerá em 2023. Como o ano letivo já está em andamento e corresponde à implantação do Novo Ensino Médio para alunos do segundo ano, não há mudanças imediatas para as escolas que já promoveram as adaptações.
*Com informações de Agência Brasil.
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