Aos professores, além de transmitir conhecimento, muitas vezes cabe o papel de inspirar. São mestres capazes de ensinar o conteúdo da disciplina, mas que também precisam liderar suas turmas no cultivo da curiosidade. Se, na sala de aula mais tradicional, costuma imperar a liderança transacional, aquela que concede recompensas em troca da obediência, acreditamos que o futuro da educação está na liderança transformacional, que age a partir da inspiração, do estímulo e da personalização.
O líder transformacional aposta no carisma e adota comportamentos de respeito ao aluno que criam uma conexão emocional entre eles. Ele conquista a confiança e se identifica com os estudantes, apresentando ideais que são nortes de vida e não apenas metas temporárias. Claro que não é tarefa fácil, mas encontramos no site Edutopia dicas e práticas preciosas para que professores consigam manter a moral em alta.
Exemplo de boa liderança: todos felizes e você nem sabe quem está no comando
[FONTE: SB Coaching]
Equilíbrio de estratégias
O professor transformacional sabe que existe muito mais no ensino do que as súmulas do currículo. Ele consegue equilibrar estratégias de ensino e de aprendizagem: as primeiras se referem à sua atuação e consistem em maneiras de conduzir a turma, como em discussões em grupo; as segundas são os momentos em que os alunos são os agentes da ação, como em debates e brainstorming.
Das tarefas ao conteúdo
A maneira mais ortodoxa de planejar as aulas seria pensar no conteúdo que deve ser passado aos alunos e depois encontrar maneiras de testar o resultado. Mas o professor que deseja engajar os estudantes pode pensar primeiro no percurso de tarefas a serem realizadas – testes, artigos, criações coletivas, vídeos, sites – e, logo, em como encaixar o conteúdo em diferentes plataformas. Assim, evita-se a exaustão das provas comuns.
Foco nos objetivos dos alunos
Ainda é comum que professores precisem da aprovação dos diretores para dar seguimento a seus planos de aula. Mas os gestores transformacionais que desejam dar mais autonomia aos profissionais saberão que o foco do educador está no aluno. Assim, ao elaborar os objetivos da disciplina, o professor deve fazê-lo de maneira atraente para os estudantes: ao invés de apresentar o plano de discutir a guerra no Iraque, fale sobre como avaliar diferentes fontes de informações sobre o conflito a fim de evitar que sejamos manipulados. Bem mais interessante.
Dar ordens e recompensar é coisa do passado. Ao invés disso, motive!
[FONTE: PowerTalks]
Mostrar ao invés de contar
Mesmo o mais inovador dos professores vai precisar recorrer à boa e velha aula expositiva de vez em quando. Mas ela pode se tornar muito mais envolvente se incluir materiais visuais. Já falamos aqui de como vídeos podem mudar o mundo, e os educadores ainda podem recorrer a diversos recursos dos celulares, por exemplo, para dar mais graça à aula tradicional.
Inclusão dos introvertidos
Muitas práticas de aula podem intimidar os introvertidos: debates em turma, trabalhos em grupo, apresentação de seminários. São atividades difíceis para quem não gosta de ser o centro das atenções. Mas as novas tecnologias permitem uma série de atividades que incluirão os tímidos sem sacrifício. Conversas por Twitter ou redes sociais, criação de blogs e todo tipo de interação virtual serão maneiras menos invasivas de estimular a participação de todos.
Essa imagem pode assustar o professor, mas vai render bons frutos
[FONTE: siti khadijah suparman]
Experiências construtivas
O construtivismo se mostrou um caminho pedagógico mais do que acertado. Para incentivar o pensamento crítico e a reflexão sobre seu meio, os professores podem adotar algumas práticas simples com os alunos: apresente problemas da vida real e não hipóteses fantasiosas; peça análise e síntese nas interpretações de texto; provoque debates e defenda outras perspectivas; crie desafios e auxilie na superação deles.
Dificuldades produtivas
O ditado é velho e sábio: melhor ensinar a pescar que dar o peixe. O professor transformacional sabe que ajudar um aluno às vezes significa se afastar e deixar que ele sofra um pouco na busca da resposta. Esse processo pode tomar mais tempo da aula, mas vai criar conhecimentos mais sólidos. Então, quando os alunos enfrentarem dificuldades, o professor não deve tornar as tarefas mais fáceis, mas desafiar os estudantes a seguirem em frente.
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