Mostrar que as Universidades só têm a ganhar com a implementação do Ensino a Distância (EAD) é um grande desafio. O diretor de negócios do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), José Luiz Trinta, relata a experiência da instituição no mercado de educação online, hoje, no Ciclo de Debates Desafios da Educação, com a palestra IBMEC ONLINE: Mudando o paradigma do eLearning através das plataformas Blackboard. Trinta conversou com o blog Desafios da Educação sobre EAD e como a tecnologia ajudou a quebrar antigos preconceitos no Ibmec:
Qual é o maior desafio que a educação enfrenta hoje?
Difícil elencar um desafio maior em um país tão grande e com uma multiplicidade de realidades. Mas um grande desafio perene na educação é entender as demandas e preparar a oferta, seja de conteúdo, seja de didática, seja de elementos físicos e virtuais de ensino. Cada vez mais temos pessoas entrando no ensino superior. Por isso, estamos investindo em EAD e convênios internacionais. Com relação ao EAD, o desafio é quebrar preconceitos, mostrando que a tecnologia pode estar mais presente e ser um instrumento que melhora as condições e a qualidade de aprendizado.
Qual é a importância do Ensino a Distância no país?
Em um país de dimensões continentais, eu arrisco a apontar o ensino a distância como fundamental. Não é possível levar educação a todos os lugares de forma física e presencial. A Rússia, que é um país tão grande quanto o Brasil, é um dos mais avançados no ensino a distância. Não é possível crescer sem usar o EAD. O maior desafio de administrar um curso de pós-graduação, por exemplo, são os professores e a logística.
Conte um pouco da experiência do Ibmec com as plataformas Blackboard.
O Ibmec investe em educação a distância há quatro anos. Somos novos nisso e foi ano passado que decidimos usar o elearning para a melhoria do aprendizado. Temos MBA e cursos para o público em geral. Utilizamos as ferramentas da Blackboard há 10 meses. Foi a implementação mais rápida do Brasil, o processo foi muito veloz. Ajudou-nos a quebrar antigos preconceitos, como: o “elearning não tem qualidade de um curso presencial”, “não tem a interação”, “não tem o networking”, “o aluno do EAD quer estudar menos”, etc.
Quais os desafios de gerir uma equipe voltada para esse tipo de aprendizagem?
Para mim são os mesmos da equipe presencial. O professor do EAD está sempre voltado à inovação e traz muitas ideias que podem ser executadas. Às vezes, o professor presencial está mais apegado a determinadas crenças e valores, mas de maneira geral se adapta com facilidade. No Ibmec, a equipe é formada por pessoas que tem qualificação para trabalhar com educação a distância. Alguns dos professores presenciais também são tutores de disciplinas EAD. Muitos já conhecem as plataformas: nós recebemos mais curiosidade do que resistência.
E você, também acredita que o EAD será um dos protagonistas da educação nos próximos anos?
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