O mundo, tal como conhecemos, está prestes a mudar. E a maneira como as pessoas produzem e trabalham será uma das peças-chave de um novo contexto, no qual muitas competências hoje tidas como importantes se tornarão obsoletas. Algumas, inclusive, já começam a sucumbir diante de inovações como inteligência artificial e robotização.
Confira a seguir uma relação de sete competências para o profissional do futuro, de acordo com o Mapa do Ensino Superior no Brasil 2018, lançado em outubro pelo Semesp:
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1. Coleta e análise de dados: o desenvolvimento da inteligência artificial e da Internet das Coisas tem feito com que os volumes de dados cresçam exponencialmente. No futuro, essas informações não serão mais restritas a estatísticos ou especialistas em tecnologia. Usando análise de big data, a competência de trabalhar com dados será algo intrínseco a qualquer profissão. Dessa maneira, as pessoas terão que pesquisar, acessar, analisar e transmitir dados relativos ao seu trabalho para os mais variados públicos.
2. Visão de negócios em IA: a inteligência artificial está gradualmente transpondo diversos aspectos da vida humana. Seu domínio não estará mais restrito a quem trabalha com ela tecnicamente. Para que processos sejam otimizados com base em AI, o profissional terá que apresentar visão de negócios com base na própria IA.
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3. Programação: criar sites, aplicativos e lojas virtuais será função quase rotineira para o profissional do futuro. Logo, aprender programação, mesmo em nível básico, acabará sendo competência fundamental para uma boa colocação no mercado de trabalho.
4. Criatividade e inovação: toda tarefa preditiva será substituída pelo uso da inteligência artificial e dos robôs. O profissional que exercer uma única tarefa não conseguirá manter sua posição no mercado. Por isso, criatividade e inovação para idealizar, planejar e produzir serão atributos elementares, e quem não se capacitar poderá ser engolido pelas novas tecnologias.
5. Colaboração: sem horários e dias pré-definidos, tampouco local fixo: a dinâmica do trabalho deverá sofrer uma mudança radical. Nesse contexto, vida profissional e vida pessoal poderão ser confundidas, com uma tênue linha separando-as. O trabalho em equipe, colaborativo e de forma remota, de qualquer lugar a qualquer agora, fará com que os profissionais do futuro apresentem perfil de colaborativo, adaptativo e orientado à diversidade.
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6. Adaptabilidade: os gaps de conhecimento serão mais rotineiros, sobretudo à medida que a inteligência artificial cria novos ciclos tecnológicos. Desse modo, a habilidade de adaptação será imprescindível. Além disso, o profissional do futuro terá de estar sempre atualizado sobre as novas tendências por meio do aprendizado contínuo.
7. Empreendedorismo: saber trilhar o próprio caminho e dominar suas rotas será imprescindível. Pessoas habituadas a agir sob o comando de ordens para realizar tarefas pontuais terão pouco espaço no mercado. No futuro, novas regras serão ditadas sob a égide da autonomia e do dinamismo nas relações de trabalho.
Confira a série Educação e trabalho
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